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SAÚDE
O que você precisa saber sobre o zika

Data da notícia: 2016-02-12 19:06:01
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A velocidade com que o zika se propaga e a associação com casos de microcefalia fizeram a Organização Mundial de Saúde (OMS) considerar a epidemia explosiva. Especialistas dizem que há motivo para preocupação, mas não para pânico. O zika tem se mostrado muito menos letal que a dengue, que mata entre 25 mil e 50 mil pessoas por ano no mundo. Pois, a infecção por zika é assintomática ou branda na maioria dos casos. Porém, a doença já está instalada no Brasil e para combatê-la é essencial erradicar o mosquito transmissor, o Aedes aegypti. Para isso, é fundamental que a população colabore.

Quais as melhores formas de proteção?
O mais importante é eliminar os criadouros. De 80% a 90% dos criadouros do mosquito estão dentro de casa.

O que deve fazer quem tem sintomas da doença?
Pessoas com sintomas devem repousar e beber muita água e outras bebidas, para evitar desidratação. Não existe tratamento específico. Porém, o Ministério da Saúde recomenda procurar um serviço de saúde para atendimento e tratar os sintomas.
Apesar de não haver ainda contraindicação específica, por precaução, é importante não tomar medicamentos à base de ácido acetil salicílico e anti-inflamatórios, como aspirina e AAS, e utilizar apenas paracetamol ou dipirona. Não está claro se a zika pode causar hemorragias, como a dengue.
Grávidas devem fazer pré-natal qualificado e relatar qualquer alteração percebida durante a gestação.

Quanto tempo demorará até termos uma vacina?
Nem tão cedo haverá uma vacina capaz de prevenir o zika. Análise publicada na revista científica "Journalofthe American Medical Association" (Jama, na sigla em inglês), uma das mais importantes revistas médicas do mundo, estima que o desenvolvimento de uma vacina contra a zika levará de três anos a dez anos, no mínimo. Cientistas brasileiros, americanos e de outros países trabalham em uma, mas como o vírus era pouquíssimo estudado, os trabalhos estão no início.

Como é o diagnóstico?
Não existe ainda exame específico para dizer se uma pessoa teve zika. Na maioria das vezes, o diagnóstico é clínico, pela avaliação dos sintomas. O teste de PCR só indica a presença do material genético do vírus, se for realizado durante o período em que a pessoa está doente. Por isso, é preciso um teste sorológico para zika, que identifique se uma pessoa tem anticorpos específicos, mostrando assim se ela já teve ou não o vírus.

O Aedes aegypti é o único transmissor?
O mosquito é o principal vetor do vírus. Mas, em casos raros e ainda não bem estudados, ele pode ser transmitido por sêmen, transfusão de sangue e leite materno.

O zika causa microcefalia?
Há uma associação entre a maior incidência de casos de zika e o aumento dos registros de microcefalia. O vírus também foi encontrado na placenta, no líquido amniótico e no cérebro de fetos com microcefalia. Porém, uma das metas é justamente comprovar que o vírus é mesmo a causa da microcefalia e outras complicações.

O que mais o vírus causa?
O zika já foi associado a síndromes neurológicas, como de Guillan-Barré em adultos, e a uma série de malformações em fetos.
Especialistas em microcefalia alertam que esse é o problema mais evidente, mas não o único. O estudo "Zikavirusintrauterineinfection causes fetal brainabnormalityandmicrocephaly: tipofthe iceberg?" ("Infecção intrauterina pelo vírus zika causa anomalia cerebral e microcefalia: a ponta do iceberg?"), publicado na revista científica "Ultrasound in Obstetrics&Gynecology", diz que toda essa geração de bebês que nasce agora precisa de acompanhamento médico.
A zika pode, em tese, provocar uma série de outros distúrbios de desenvolvimento, como surdez, epilepsia, problemas de cognição, de fala, motores, que não são aparentes no recém-nascido. A criança pode não ser microcéfala e ter distúrbios.

De onde vem o zika e como se espalhou?
Não se sabe quantos casos há exatamente no Brasil porque não há notificação obrigatória nem testes específicos. A estimativa é de 400 mil a 1,5 milhão. Até o dia 30 de janeiro foram registrados 4.783 casos suspeitos de microcefalia. Destes, 404 tiveram confirmação para microcefalia e, nesse universo, 17 casos foram associados à infecção pelo zika. Outros 709 casos foram descartados.
A OMS estima que em um ano o Brasil terá mais 1,5 milhão de casos e as Américas até 4 milhões.

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